Perda

Coração de doador não pôde ser transplantado devido a bloqueios

Equipe não conseguiria chegar até o aeroporto

Equipe não conseguiria chegar até o aeroporto
Equipe não conseguiria chegar até o aeroporto |  Foto: Pexels
  

O coração de um doador de Goiânia não pôde ser encaminhado para um paciente em São Paulo devido aos bloqueios das rodovias federais, iniciados na noite do último domingo (30) por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) depois do candidato ser derrotado nas eleições.  

Com a interdição nas vias, a equipe do hospital não conseguiria chegar até o aeroporto.

"Equipes técnicas responsáveis consideraram que, devido a bloqueios, não seria possível realizar a operação de forma que o órgão chegasse com segurança ao paciente”, afirmou a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. Em complemento, a pasta explicou que no caso do transporte de coração, o órgão deve chegar até o receptor em um período de até quatro horas. 

O doador era um jovem de 21 anos que estava internado no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Ele não resistiu após sofrer um traumatismo cranioencefálico.

Segundo a secretaria de Estado de Saúde (SES) de Goiás, o órgão não chegou a ser captado e que “não houve aceite por parte do estado paulista”. A secretaria diz que tentou fazer com que aceitasse o coração no Distrito Federal, mas não havia receptores compatíveis.

Ainda segundo a pasta, o coração deveria ter sido captado no dia em que o doador teve morte encefálica, na terça-feira (1º). No mesmo dia, cinco pessoas foram beneficiadas com doações de outros órgãos. Foram captados os rins e córneas, enviados a pacientes de Goiás, e o fígado, que foi encaminhado ao Distrito Federal. 

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